©Raquel
Sempre me senti como uma personagem saída de um qualquer filme, todavia depois das relações que tenho tecido nos últimos meses... têm sido flash’s mais frequentes que transformam os meus momentos em episódios descritivos que narro sucintamente no meu pensamento, ajudados pelas possíveis palavras que se compõem meticulosamente. Foi o depois da descoberta com a dissertação... talvez tenha sido, talvez...
Estou a ler o “Regresso a Barcelona”, com um titulo demasiado aproximado ao que vivo neste momento, mesmo depois do que o JC me disse, Raquel, não devemos regressar aos sítios onde já fomos muito felizes! No entanto, tenho vindo a fechar todas as portas que, enquanto menina do laço, sempre deixei abertas.  As rotinas que tinha deixado como pré-estabelecidas durante todo um ano passado e vivido intensamente ficaram para trás com o abandono da 3ªplanta e com o regresso dos meus amigos às suas cidades. No final, a FF tem razão devemos apegar-nos a pessoas de cá e proteger-nos de portugueses, “Eles acabam sempre por voltar e nós, que ficamos por cá, acabamos por nos magoar um bocadinho mais ...”
Foi assim no inicio, o voltar a um sítio cheio de mim e vazio de todos os que me dizem muito, é foi assim... Mas o tempo tudo refaz de um modo mais intenso e mais perfeito, é assim o que acredito a... que por mais voltas que dermos o tempo acaba sempre por nos fazer mais felizes e foi isso que senti em Tibidabo, junto de pessoas que me fazem muito bem, junto de pessoas que pertencem à linha limite, entre o passado e o futuro, a linha que define o meu presente.
As semanas tem passado assim, trabalho, filmes, séries, livros, coisas boas que me fazem perceber as artes que me continuam a avassalar mais um pouco! Em oposição às semanas calmas de trabalho, fins de semana agitados, saídas até doerem os pés, até já não caber mais em mim de tanto dançar, com sabor a gin tónico, que o FN me ensinou a apreciar durante o ano passado, e esta será uma das recordações que levo comigo, sempre a que num balcão peço, por favor un gin tónico!
Finalmente consigo dizer obrigada às pessoas que vão construindo a minha paz... Mesmo implicando com a minha condição de emigrante, meu querido JL, a vontade de descoberta e de aventura não me deixam regressar tão cedo à minha cidade que dizes, de um modo tão verdadeiro, eu não conhecer na totalidade.

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